Velhas podres estacas..
Se tivessimos a clareza de nossas falsas construções interiores veríamos os buracos que nos escondemos...
Fantasticas e fantasiosas formas de buracos.. Castelos, mansões, casarões, igrejas ao leo, templos aparentemente sagrados ...
Cavernas de nosso medo que só os deixamos com as mascaras diárias..
Lá, neste buraco.. temos de tudo.. tudo que precisamos para congelar..
Agora.. Como seria se.. Um espelho.. Estivesse no buraco..?
Talvez eu veria o quanto sou influenciável pela história alheia, pela cultura mecânica, pela geografia destorcida de meu limitado interesse..
Talvez eu entenderia a necessidade constante de desconstrução interior de tudo que aprendi em meu buraco..
Talvez me veria desnudo pela primeira vez.. Olho em meu olho..
Cara a cara com o genuíno medo..
Medo este que jamais crescerá.. Condenado a viver comigo, pequeno e sempre abaixo de minha sombra.
Mesmo sendo dolorosa as desconstruções, segue-se fora do buraco, vivendo o renascimento de cada oportunidade e compreendendo o trabalho de escolher e preparar o terreno da nova edificação..
..sem os buracos das velhas podres estacas..
Ninho Dutra.
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